terça-feira, 16 de novembro de 2010

Código Genético

          Relação entre a seqüência de bases no  ADN e a seqüência correspondente de  aminoácidos, na  proteína, ele é equivalente a uma língua e é constituído basicamente por um dicionário de palavras, a tabela do código genético e por uma gramática, correspondente às propriedades do código, que estabelece como a mensagem codificada no material genético é traduzida em uma sequência de aminoácidos na cadeia polipeptídica.
           O código genético forma os modelos hereditários dos seres vivos. É nele que está toda a   informação que rege a seqüência dos aminoácidos codificada pelo encadeamento de nucleotídeos. Estes são compostos de desoxirribose, fosfato e uma base orgânica, do tipo citosina, adenina, guanina ou timina.
                Na cadeia  polinucleotídica de ADN, um conjunto de 3 nucleótidos corresponde a um aminoácido: são os tripletos. Mas porquê 3 nucleótidos? Sabemos de antemão que existem 20   aminoácidos diferentes sendo, por isso, de esperar que existam pelo menos 20 combinações de nucleótidos diferentes para que cada combinação codifique um aminoácido diferente. Se supusermos que cada nucleótido codifica um aminoácido, facilmente compreendemos que tal seria impossível porque apenas existem 4 nucleótidos. Se escolhermos uma combinação de 2 nucleótidos obteriamos um conjunto de 16 combinações diferentes, ainda insuficiente para os 20 aminoácidos que a célula produz. Contudo, se supusermos que são necessárias combinações de 3 nucleótidos de ADN para codificar um aminoácido, obtemos um universo de 64 combinações possíveis; mais do que o suficiente para os 20 aminoácidos existentes.
                Esta hipótese foi confirmada pelos trabalhos de  Marshall Nirenberg e  Har Gobind Khorana pelos quais ganharam ambos, em conjunto com  Robert W. Holley, o  Prémio Nobel da Fisiologia e Medicina em  1968.
                Através do processo de transcrição os tripletos de ADN são convertidos em codões de ARN. Estes codões são, à semelhança dos tripletos, conjuntos de 3 nucleótidos da cadeia de ARN mensageiro. Este migra para o citoplasma da célula, onde se liga a um ribossoma e a uma molécula de ARN transportador. Através do processo de tradução e utilizando a informação genética do ADN do indivíduo com a molécula de ARN, o ribossoma produz então os aminoácidos para formarem proteínas.
Codões de Finalização e de Iniciação
                No código genético existem codões de finalização (UAA,UGA e UAG) que indicam à célula que a sequência de aminoácidos destinada àquela proteína acaba ali. Existe ainda um codão de iniciação (AUG) que indica que a sequência de aminoácidos da proteína começa a ser codificada ali. Este codão (AUG) condifica o aminoácido Metionina (Met) de forma que todas as proteínas começam com o aminoácido Met.
Tabela de Código Genético
                Assim, facilmente percebemos a ligação entre os tripletos de ADN e os aminoácidos. Esta linguagem que os une é o que chamamos código genético. No final da década de 60 o código genético foi decifrado, e agora é geralmente representado em uma tabela que estabece a conexão entre as bases azotas dos codões de ARN e os aminoácidos formados.



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